domingo, 13 de fevereiro de 2011

que seja então...

talvez a última
quem sabe a penúltima
quantas
muitas
todas sofridas
não merecidas
assim são as lágrimas
as minhas
brotando de um viés sem saída
de uma ótica descabida
impossível de ser diluída
como tristeza incontida
que você nem sentiu
nem viu
por outras vias partiu
foi garimpar teu ouro
acumular teu tesouro
ser feliz ao longe...
- que seja então


Izabel Lisboa