quinta-feira, 31 de março de 2011

o pior cego...

















máscaras gastas
não escondem a mesmice de sempre
onde tudo é nada
onde tudo é fuga
pela porta dos fundos
ou por buracos de esgoto
onde lixo e luxo se devoram
regados a vinho tinto
sob a luz de velas brancas
[enquanto]do lado de fora
homens morrem dormentes
carregando no lombo as dores
de contemporâneos quilombos
e para muito além
de onde a vista alcança
a manada pasta
[despreocupada]
desavisada à beira do precipício
cozinhando em banho-maria
[a vida]
ao sol de qualquer meio dia
***
Izabel Lisboa

2 comentários:

Vinicius Carvalho disse...

Um texto delicioso!!

Que prazer ter estado aqui!

Um enorme prazer conhecer seu espaço, deixo com vc a promessa de um retorno!!

Quero convida-la a conhecer o Alma, meu blog!

Beijo

Vinicius Carvalho disse...

Olá Izabel!

Eu quero desejar a vc um ótimo fds!!

Fico feliz que tenha gostado dos meus escritos!

Nos encontramos no Alma ou aqui!
Beijo!