aquele que sussurrou poesias
e despertou em mim fantasias
lançou-me à deriva
em um profundo mar
de enseadas nem sempre calmas
de turbulência e agitação
próprias de mares revoltos
castigados por grandes ondas
por nevoeiros e enormes rochedos
era esse o mar...
era esse o mar em que me fez navegar
e eu me fiz valente
juntei forças não sei de onde
[talvez estivessem sempre lá...]
desbravei esse oceano bravio
lugar do inconsciente
lúgubre e sombrio
habitação de seres e deuses
de criaturas bizarras e terríveis
lá não avistava terra alguma
só ilhas movediças
traiçoeiras
convidavam-me à morte
escapei por sorte
sobrevivi
em fabuloso resgate
[não em taboas de salvação
que isso não havia ali]
alcei vôo
nas asas companheiras da solidão
voltei ao abrigo seguro
do meu sereno coração...
Izabel Lisboa
Izabel Lisboa
5 comentários:
As profundezas abissais internas, Izabel, tem que ser venciddas, depois que nossos sonhos naufragam, por nós mesmos. Beijos
Olá, querida Izabel!!
Lindo e profundo seu poema, mas uma vez, você foi fundo nos corações de todos...
Uma ótima semana pra ti, querida IzabeL..
bJS
Marcio RJ
Beleza!!!
Izabel, amei a imagem.
esse mar tão lindo e tão cheio de surpresas.
beijos.
'nas asas companheiras da solidão
voltei ao abrigo seguro
do meu sereno coração...'
esses versos... esses versos...
esses versos me ganharam! =D
adorei!
caí aqui por acaso, fuçando blogs! =)
=*
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