Meu nome é Maria como tantas Marias na vida Juana Raimunda Margarida sou mulher tenho ciclos como à lua trabalho sol a sol tecendo os raios em luz e amor regando a flor em cada estação pilando o grão dialético moendo o doce da terra amassando o pão do amanhecer espalho o mel na aurora o azeite no leito do amado canto fado para o feto dormir embalo meu bebe na rede dos sonhos cuido dos pássaros da madrugada fico acordada até minha filha chegar sou a terra que procria cuida da cria a fêmea que vigia faço o mingau com centeios amamento a via láctea com meus seios meu amado com os olhos de carinho o pássaro que dorme em seu ninho precisa de mim sou mulher Maria Rosa Jasmim protejo o uni verso com meu útero a humanidade com meu amor doces de amoras e versos bordo toalhas para estender a vida faço comidas em tachos de ferro mesmo ferida luto até o fim mesmo incompreendida tenho ternura para os que tentam roubar meu corpo machucar minha alma porque meu destino de ser mulher é frágil como um poema de mal me quer em tempestades com trovoadas mais forte como um bambu ao vento que mesmo perfurados pela injustiça transforma a ventania em poesias como uma flauta dançando no tempo
ecoo a canção da liberdade o grito de luta arguta labuta sempre com o coração enternecido.
3 comentários:
Mulher, Izabel, que sente dor e amor ao dar a luz ao homem e, depois, sofre desilusões amorosas por ele. Beijos para todas as mulheres
Belíssimo seu comentário, Antonio! Obrigada pelo beijo que me cabe nessa sua sensível distribuição! Beijos, meu querido amigo!
Meu nome é Maria
como tantas Marias na vida
Juana Raimunda Margarida
sou mulher
tenho ciclos como à lua
trabalho sol a sol
tecendo os raios em luz e amor
regando a flor em cada estação
pilando o grão dialético
moendo o doce da terra
amassando o pão do amanhecer
espalho o mel na aurora
o azeite no leito do amado
canto fado para o feto dormir
embalo meu bebe na rede dos sonhos
cuido dos pássaros da madrugada
fico acordada até minha filha chegar
sou a terra que procria
cuida da cria
a fêmea que vigia
faço o mingau com centeios
amamento a via láctea com meus seios
meu amado com os olhos de carinho
o pássaro que dorme em seu ninho
precisa de mim
sou mulher
Maria Rosa Jasmim
protejo o uni verso com meu útero
a humanidade com meu amor
doces de amoras e versos
bordo toalhas para estender a vida
faço comidas em tachos de ferro
mesmo ferida luto até o fim
mesmo incompreendida tenho ternura
para os que tentam roubar meu corpo
machucar minha alma
porque meu destino de ser mulher
é frágil como um poema de mal me quer
em tempestades com trovoadas
mais forte como um bambu ao vento
que mesmo perfurados pela injustiça
transforma a ventania em poesias
como uma flauta dançando no tempo
ecoo a canção da liberdade
o grito de luta arguta labuta
sempre com o coração enternecido.
Luiz Alfredo – poeta.
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