acúmulo
sorrir já não me é leve
passei os últimos quarenta dias no deserto
[ou foram anos?]
no inverno sol de rachar
no verão geada
no cantil reserva de lágrimas
[recurso de sobrevivência para camelos]
passada a tempestade
renunciei à bonança
piquei a mula
dei uma guinada
[180º foi suficiente]
- engano seu...
do subsolo não restaram somente memórias...
escoriações sequelas e coisa e tal
agora ...
sorrir já não me é leve...
da boca só quero o céu
Izabel Lisboa
10 comentários:
No céu da boca, Izabel, estrelas podem enebriar o cérebro; introspectivamente, vc passeia tateando na escuridão um pretérito que lhe maltrata. Deixe muitas coisas adormecerem no passado e, com o seu belo sorriso, venha para o presente: sua vida agradecerá o presente recebido. Beijos
Essa é a ideia, Antonio! Não precisa empurrar, já to indo! rs
Beijos!
solte-se nessa imensidão, pois, mulher! =D
=*
J.F., com mais um empurrãozinho desses eu acabo voando! rsrs
Beijos!
A idéia é justamente essa! =)
...e se meus pés não me seguram
eu vôo até o sol... rs
às vezes, é difícil viver
tendo raízes
e asas
Exato, JF, mas quando vivemos o paradoxo de termos amor às raízes e anseios de alçar voo o negócio é tentar equalizar as coisas e fazermos algumas renuncias... Faz parte...
Beijos!
não aceite empurrões, moça. o ritmo que importa aqui é o do poema, não o pessoal. aliás, sempre, quando se trata de texto literário, não é?
eu, por exemplo, escrevendo sou uma lesma, mas na vida pessoal, um bólido. tão veloz e poderoso, graças a minha permanente ansiedade, que quando preciso dar uma guinada sou mais radical que você: giro logo 360 graus... e sigo, aliviado, na mesma direção em que sempre segui!
Exatamente isso, Wilden! Essa é a idéia por trás da idéia!!!
Obrigada pela visita e pelo carinho do comentário!
Beijos, muitos!
Postar um comentário