e quem te pediu o sol
para inquietares tu'alma
para inquietares tu'alma
e a chuva
para perderes o tino
para perderes o tino
e quem te pediu o vento
para estremeceres em sobressaltos
para estremeceres em sobressaltos
e o céu
para importunares os deuses
para importunares os deuses
nada te foi pedido
nada me foi negado
nada me foi negado
sobre todos velam os
deuses
com brandura...e com furor
com brandura...e com furor
a cada um: fardos e dádivas
árvores serão eternamente prisioneiras do solo
e do fogo quando esse se alastra...
mas...a cabeleira do vento dança
sobre a magnífica copa das árvores
e carrega sementes e faz promessas...
em metáforas de liberdade
rege a orquestra da natureza em regozijo
mas...assusta e faz calar tambores...
árvores serão eternamente prisioneiras do solo
e do fogo quando esse se alastra...
mas...a cabeleira do vento dança
sobre a magnífica copa das árvores
e carrega sementes e faz promessas...
em metáforas de liberdade
rege a orquestra da natureza em regozijo
mas...assusta e faz calar tambores...
Izabel Lisboa
2 comentários:
Quem pediu a Espinoza para pensar o próprio Deus ser a natureza
o conceito de liberdade não ter restrição
sem cair em contradição
quem pediu para você escrever
estes poemas imanentes
bonitos como uma mulher grávida
como uma flor osculada
por um beija-flor
uma pétala orvalhada
uma orquidea inoculada
por uma abelha
a chuva molhar a relva
o trovão despertar o cogumelo
teus poemas de serem belos
te amo poeta das entranhas
que desenha versos fenomenicos
com metaforas semeadas pelo vento.
Luiz Alfredo - poeta
Ótima sua lembrança de Espinosa, Luiz Alfredo! Beijos!
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