segunda-feira, 1 de agosto de 2011
perenidade fugaz
nessas minhas andanças interiores
servi-me de cais a muitos navios fantasmas
[exorcismos infindáveis]
tanto quanto a multidão de espectros
sedentos em assombrar a baía desse meu sinistro ancoradouro
a teimosia das sombras extirpou radicalmente
qualquer atrevido raio de luz insistente
que estivesse disposto a espreitar
alguma minúscula fresta de mim
- nunca [para essa angústia] a vida eterna...
Izabel Lisboa
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2 comentários:
Algo me lembra Lispector..
Minha querida
Um lamento num poema triste, mas lindo e que fala de tantos de nós.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
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