manabu mabe
anti-flatulência e diurético
expectorante e laxantee nada de expurgar
esses tais pensamentos
a finitude ali
no canto da salasedenta
olha-me
de cima a baixo
fixa o olharno meu olhar
garimpa meus medos
convida à valsa
à dança da mortefundo do poço
prisão do ventre e da alma...
Izabel Lisboa
Um comentário:
A infinititude não tem forma
e nem dependência do finito
aliás está sempre o espreitando
no canto da sala
nosso mundo euclidiano
cartesiano insano fugaz
como viu a poeta
e sentiu na alma
e no ventre a pressão
deste nosso momento
nesta vida finita
medida no tic-tac
do relógio
e na ansiedade da alma.
Luiz Alfredo - poeta.
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