segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
apocalíptica
suplicavam por repouso
por uma tábua de salvação que fosse
e não encontravam refúgio
restaram somente escombros
pisaram os lírios do campo
com que prazer foram pisoteados
obra de gente infeliz
cavaleiros sem cabeça e sem coração
aquela gralha maldita
ave de rapina e malfazeja
a percorrer as noites de nossos dias
a espalhar agouros persuadindo os homens
ladra funesta
abre suas asas e furta-nos a paz e a luz
atravessando em vôo rasante o breu dos tempos
deixando atrás de si carcaças e carniças
por inveja matar as almas
e com elas a esperança
eis aí tua vingança
e para isso fez alianças
enfeitiçou príncipes
usurpou seus reinos e seus corações
fez deles súditos fiéis e rancorosos
anunciadores de suas parábolas e encantamentos
e assim sua língua correu o mundo
fez discípulos nos quatro cantos da terra
elevou suas torres frondosas nos continentes
erguidas com sangue e suor dos povos
e tu alardeias que não queres vingança
almejas para ti o perdão
e para o mundo tuas lambanças
por fim tu ouvirás então:
a Cesar o que é de Cesar
a Deus o que é de Deus
a areia de dois mil anos caiu pela ampulheta
quando fores tocada tu te renderás
de ti as trevas desaparecerão
o porquê
aquele que manipulas-te
terá pleno desvelamento
ao fim tu alcançarás Sabedoria
e olharás os lírios do campo
que não tecem nem fiam
e verás que nem Salomão se vestiu como um deles...
Izabel Lisboa
por uma tábua de salvação que fosse
e não encontravam refúgio
restaram somente escombros
pisaram os lírios do campo
com que prazer foram pisoteados
obra de gente infeliz
cavaleiros sem cabeça e sem coração
aquela gralha maldita
ave de rapina e malfazeja
a percorrer as noites de nossos dias
a espalhar agouros persuadindo os homens
ladra funesta
abre suas asas e furta-nos a paz e a luz
atravessando em vôo rasante o breu dos tempos
deixando atrás de si carcaças e carniças
por inveja matar as almas
e com elas a esperança
eis aí tua vingança
e para isso fez alianças
enfeitiçou príncipes
usurpou seus reinos e seus corações
fez deles súditos fiéis e rancorosos
anunciadores de suas parábolas e encantamentos
e assim sua língua correu o mundo
fez discípulos nos quatro cantos da terra
elevou suas torres frondosas nos continentes
erguidas com sangue e suor dos povos
e tu alardeias que não queres vingança
almejas para ti o perdão
e para o mundo tuas lambanças
por fim tu ouvirás então:
a Cesar o que é de Cesar
a Deus o que é de Deus
a areia de dois mil anos caiu pela ampulheta
quando fores tocada tu te renderás
de ti as trevas desaparecerão
o porquê
aquele que manipulas-te
terá pleno desvelamento
ao fim tu alcançarás Sabedoria
e olharás os lírios do campo
que não tecem nem fiam
e verás que nem Salomão se vestiu como um deles...
Izabel Lisboa
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