sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

lúcida loucura


















uma inquietação tão grande
um coração que no peito só se expande
aquela certeza que inunda a alma dos navegantes
de que a vida é muito mais do que um fugidio instante
de que existirão ancoradouros
embora distantes
inquietações de gente que sabe ser gente
ecos de histórias distantes
devaneios como os de Dom Quixote de La Mancha
moinhos e redemoinhos de ventos cortantes
idéias e loucuras sãs
da mente livre de Miguel de Cervantes
coisas de viajantes e peregrinos
de gente sem muito tino
que respira a vida num desatino
que vive nas aflições e nos labirintos
gente profundamente gente
de alma e de corpo presente
a perambular
a melodiar
a se encantar...

- quisera ser gente como essa gente...


 Izabel Lisboa