MANABU MABE/ acrilica sobre tela
um raio de sol escarlate
feriu a boca da noite
o mundo cão farejou o assombro
o corpo
do outro lado da rua
o corpo
o grito
o sangue vivo
no paletó branco de cambraia de linho
um único golpe
uma lâmina afiada
o asfalto vermelho
no ar
um cheiro agradável de pão quentinho
espalhava-se com a aurora
Izabel Lisboa
2 comentários:
Gostei deste poema, você escreve muito bem. Este texto parece inspirado em O Leitero de Drumond, não sei se vc conhece...
Abraços.
Yon
Muito bom esse bolg gente,vejo todos os dias, esses poemas entaõ....... me ajudam a levar a minha à frente. Muito obrigado! E boa sorte.
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