segunda-feira, 9 de agosto de 2010

tempo morto




















definhava dia após dia
macerado o corpo
em dores [i]lícitas
e [i]morais

mendigava olhares
migalhas de salvação
para o inferno
sabia que não iria
já estava nele

agarrou-se à missão
impossível
de matar o tempo
munido apenas
de ressentimento

tentativas metódicas
apesar do esforço
e da boa vontade
conseguiu apenas
quebrar três relógios...
***
Izabel Lisboa

Um comentário:

Assis de Mello disse...

Oi Bel,
Obrigado pela postagem para levantar a auto-estima em meu blog.
Terminei de chegar de viagem, logo logo passo por aqui para ler seus poemas. Tenho zentas mensagens de e-mail para responder ;-)
Beijooo,
Chico