quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

alçapão


aprumou-se com esmero
cambraia de linho no terninho
pisante reluzindo no verniz
chapéu coco de ladinho
na lapela um cravinho
água Velva após a barba
brilhantina Guanabara... 
- mas a desalmada nem deu as caras...

Izabel Lisboa






4 comentários:

Graça Pereira disse...

Para já, minha linda, a foto é um...Encanto!
O poema dito como uma saudação, é uma ternura!
Olha, foi o meu primeiro sorriso da manhã!
Beijocas e bom fds.
Graça

Antonio José Rodrigues disse...

Boêmio, Izabel, sem malícia de malandragem. Beijos

Izabel Lisboa disse...

Que delícia, não é mesmo Graça?! Gosto muito de carregar uma imagem nas postagens de meus poemas. O espaço virtual acaba por nos convidar a isso, especialmente quando as imagens dizem respeito ao conteúdo do texto (e do contexto). No caso desse "poeminha" a imagem veio primeiro! Guando me deparei com essa belezura toda surgiu o texto, carregado de ternura, assim como a imagem! Que bom que inspirou seu primeiro e precioso sorriso matinal!
Beijos, um montão!

Izabel Lisboa disse...

Antonio; boêmio apaixonado sem malícia de malandragem é como um passaro livre doidinho para ser aprisionado! Resta, apenas, que a desalmada dê as caras! rs
Beijos, um tantão assim!