domingo, 13 de fevereiro de 2011

que seja então...

talvez a última
quem sabe a penúltima
quantas
muitas
todas sofridas
não merecidas
assim são as lágrimas
as minhas
brotando de um viés sem saída
de uma ótica descabida
impossível de ser diluída
como tristeza incontida
que você nem sentiu
nem viu
por outras vias partiu
foi garimpar teu ouro
acumular teu tesouro
ser feliz ao longe...
- que seja então


Izabel Lisboa

5 comentários:

A.S. disse...

Lágrimas são emoções
liquefeitas;
saudades, paixões,
vontades
insatisfeitas...


Beijos...
AL

Antonio José Rodrigues disse...

Como as lágrimas, Izabel, estão "brotando de um víés sem saída" então que sirvam para interiormente purificar sua alma, seus sentimentos, suas sadades... Quiçá um renascimento da poetisa de sorriso deslumbrante. Beijos

Izabel Lisboa disse...

Bela descrição, Albino!

Querido Antonio, que assim seja!

Beijos

ju rigoni disse...

Oi, Izabel!

Belo esse poema que escorre de dentro, ele sim um tesouro.

Lindo!

Bjs, poeta. Inté!

Izabel Lisboa disse...

Sabe, Ju, a dor tem essa paradoxal capacidade de fazer brotar lirismo de um coração árido...vai entender!!!
Beijo e obrigada pelo carinho!