quarta-feira, 25 de maio de 2011

da belicosa palavra



subjaz entre mundos de carne/osso
fel e ressentimento um
atlântico não muito pacífico de
interrogações e exclamações
reticências e travessões
verbos e provérbios
imperativos e adjetivos
pronomes possessivos e
metáforas e
anáforas e a
palavra a
palavra a
mesma que lavra
redime e salva
ergue muralhas e
tece mortalhas


Izabel Lisboa

2 comentários:

palavrasdeumnovomundo disse...

Bravo! Bela poesia sobre o "poder" da palavra.
Palavra que salva, mas que também mata!
Parabéns Izabel, grande beijo.
Rosa

Tuca Zamagna disse...

Um doce especialíssimo, Izabem: scre, travoso, farpado como essa realidade de pesadelo que nos assalta à noite 24 horas por dia.

Beijos