domingo, 5 de junho de 2011

auto condescendências


ir além do cênico e
de bom grado
em meio à morte diuturna
beber a vida
como água[ardente]
como puta condescendente
embriagada
louca e indecente
abundando-se em riscos e risos
subvertendo-se
em delírios poéticos
bendizendo o sim...
[consequências do eu exilado
quando se aprende
que a morte é frígida]

Izabel Lisboa

2 comentários:

Anônimo disse...

a tigresa
cada vez mais afiada
cada vez mais acomodada
na sagrada missão de incomodar
ao inverter o olhar
alcançar a visão
mais óbvia e recôndita.

Mantenha!!!

Izabel Lisboa disse...

A ilusão tem uma carga tão grande de verdade, meu querido Anônimo, e a verdade sempre baila a nossa frente encharcada pela chuva das ilusões! Senão, quem suportaria, não é mesmo?!
Beijos, muitos!