segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

penúltimo suspiro











manabu mabe


anti-flatulência e  diurético
expectorante e laxante
e nada de expurgar
esses tais pensamentos

a finitude ali
no canto da sala
sedenta
olha-me

de cima a baixo
fixa o olhar
no meu olhar
garimpa meus medos

convida à valsa
à dança da morte
fundo do poço
prisão do ventre e da alma...


Izabel Lisboa

Um comentário:

Anônimo disse...

A infinititude não tem forma
e nem dependência do finito
aliás está sempre o espreitando
no canto da sala
nosso mundo euclidiano
cartesiano insano fugaz
como viu a poeta
e sentiu na alma
e no ventre a pressão
deste nosso momento
nesta vida finita
medida no tic-tac
do relógio
e na ansiedade da alma.

Luiz Alfredo - poeta.