tênue idéia
lançar um olhar lírico sobre dores e amores
sorver e absorver a essência das aparências
abismar-se diante dos abismos existenciais
pontuar as possibilidades [ou a falta de]
arremeter a alma ao céu quando for impossível pousar
pousar quando for imprescindível
deixar espaços em branco nas margens e entrelinhas.
abusar das exclamações interrogações e reticências...
um eterno não dar conta...
***
Izabel Lisboa
2 comentários:
Poetar…
É só poetar.
Não dizer,
coisa alguma.
Só brincar,
malabares,
de palavras
bêbadas,
trôpegas,
jogadas,
ao léu,
coladas
no papel.
Escutar
a música
das letras
sem nexo.
Contemplar
o desenho
dos glifos
impressos.
E dançar
no compasso,
dos passos
mal dados.
E sorrir
e alegrar
por estar
poetando.
Forma linda e displicente de falar da arte de poetar, da arte de ser um fingidor como diria Fernando Pessoa. Obrigada pela visita, pelo poema e por seguir meu bloguinho. Beijos!
***
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"
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