segunda-feira, 23 de maio de 2011
nossa dor
é minha também essa dor
essa dor pra nós tão doída
que mistura-se a nossa vida
como dor de parto
que é dor esquecida
logo a mãe tem nos braços
o filho que trouxe à vida
é minha também essa dor
essa dor pra nós tão doída
dela não abro mão
dela o sentido da vida
retiro dela o remédio
curo com ela as feridas
nela me sinto viva
é sua também essa dor
essa dor pra nós tão doída
somos cúmplices na mesma dor
somos carne coração e ferida
viver é morrer dessa dor
dor que liberta da morte
dor que nos lança na vida
Izabel Lisboa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Já senti, Isabel, uma dor, não a do parto, que me lançou renovado na vida. Beijos
Antonio Jose, seu seguidor
Postar um comentário