meu rio passa
roçando as margens com furor
lambe com volúpia
os orifícios das rochas
encravadas no seio da terra
apalpa raízes e caules rijos
sacode juncos intumescidos
esfola musgos escorregadios
lodo e pedras se abraçam
misturando-se ao gozo das águas
no leito profundo...
do meu rio que passa
Izabel Lisboa
2 comentários:
Ave rio caudaloso, amazônico! Quando chegas ao mar, o mar é magro, pouco.
Bjs
Bom, minha querida Izabel!
O Amor é essa mistura e turbulência, onde no auge da tormenta, ele se mistura a paixão, desejo de estar ali, se misturando mais e mais...
Lindo poema, minha querida Izabel!
Um ótimo domingo pra ti, de muita paz e amor em seu coração.
Bjs
Marcio RJ
Postar um comentário