sábado, 25 de junho de 2011

dos meus (des)equilíbrios...e paradoxos



amo a imensidão do desconhecido cuja metáfora o mar e a poesia encarnam
amo o amálgama com que o poeta entrelaça e vivifica as palavras
a trama dos arranjos com que dispõem no poema os versos
sim eu amo...e disseram-me que há um enorme perigo em amar assim
- a alma dos poetas trilha a bamba corda dos habilidosos (des)equilibristas
a ginga do cai não cai dos malabaristas e trapezistas...
[ai de mim...que almejo a lua...mas tenho pavor das alturas]

Izabel Lisboa



6 comentários:

Anônimo disse...

E eu que amo uma poeta assim
se mamãe soubesse
ficaria muito chateada comigo
como ficou quando descobriu
que lia Cassandra Rios
que era amigo do Laio
e que passava as madrugadas
comendo orvalho e tomando absinto
olhando pra lua
tocando violão para as estrelas

Que lindo poema
que corda bamba estendida na imensidão
da vida
que verso que desnorteia
senti o mesmo quando li Zaratustra
tremi meu ser
fechei os olhos
balancei
pensei que ia cair
segurei-me num salmo
respirei fundo
fui à igreja
e ao zoológico
passei a comer na hora certa
macrobiótica zen yoga
oração meditação dieta
mas o lobo da estepe
me fez uivar de madrugada
aquele poema sujo do Gullar
a náusea de Sartre
a peste de Camus
fizeram-me voltar pra corda bamba
aquelas papoulas vermelhas
acendi um gitane com um zippo
que nem o vento ocidental apagou
aqueles versos da espanca
levaram minha alma pra longe
e eu nunca mas
me encontrei
fico vagando nas noites lendo
os poemas da Izabel Lisboa
conversando com a lua
e com medo das alturas
mas meu corvo continua assustando
os espantalhos que me vigiam
e minha águia
abandonou o ninho
e fica olhando do escarpado penhasco
ameaçando voar no espaço infinito.

Luiz Alfredo – poeta.

Izabel Lisboa disse...

Fico sem respirar...lendo de um fôlego só esse ribombar de versos e ventos ocidentais em minha janela...
Beijos, Luiz, obrigada pelos carinhos e atenções para comigo!!!

Anônimo disse...

Adorei!
:)

Anônimo disse...

Agradeço pelos teus versos
eu que era desorientado
apesar que sempre usei lenço e documentos
um dia me orientalizei
na minha ocidentalidade rebelde
debalde embalde joguei o balde
euclidiano do cotidiano
a tartaruga do zenão de eleia
quebrou meu relogio de bolso
rasguei os versos alexandrinos
e passei a viver de outras poesias
e luar
escrevo poemas em qualquer lugar
picho nos muros
nas arvores mortas
nos blogs
nas cordas do meu violão
na minha royal
nas estrelas cadentes
na fumaça do meu gitane

Com teus versos
me desoriento
penso as vezes
que voce sou eu
escrevendo estes poemas
reverencio-te por estes versos
por voce existir
e ser uma linda mulher
poeta filosofa mãe
te amo.

Antonio José Rodrigues disse...

"O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível."
Max Weber
Beijos

Fênix27 disse...

Olá,este teu poema me deixou a pensar, o quanto a alma poeta é capaz, e nos fas entrar em profunda meditação e a imaginação aflora,buscando o amor,a paixão,colocando tudo nas palavras.
Bem amei tudo por aqui e já sou seguidora.
Feliciddes.
http://wwwavivarcel.blogspot.com/